HOMENAGENS À CABO FRIO
Hino de Cabo Frio
Letra e música de Victorino Carriço.
Cabo Frio, minha terra amada,
Tu és dotada de belezas mil,
Escondida vives num recanto,
Sob o manto deste meu Brasil...
Tu és dotada de belezas mil,
Escondida vives num recanto,
Sob o manto deste meu Brasil...
Noites Claras teu luar famoso,
Este luar que viu meus ancestrais...
O teu povo se orgulha tanto,
E de ti, não esquecerá jamais...
Este luar que viu meus ancestrais...
O teu povo se orgulha tanto,
E de ti, não esquecerá jamais...
Tuas praias, Teu Forte,
Olho ao longe e vejo o mar bravio
A esquerda um pescador afoito,
Na lagoa que parece um rio...
Olho ao longe e vejo o mar bravio
A esquerda um pescador afoito,
Na lagoa que parece um rio...
O teu sol, que beleza!
No teu céu estrelas brilham mais...
Forasteiro, não há forasteiro,
Pois nesta terra todos são iguais...
No teu céu estrelas brilham mais...
Forasteiro, não há forasteiro,
Pois nesta terra todos são iguais...
PRIMAVERA
Primavera cruza o rio
Cruza o sonho que tu sonhas.
Na cidade adormecida
Primavera vem chegando.
Catavento enloqueceu,
Ficou girando, girando.
Em torno do catavento
Dancemos todos em bando.
Dancemos todos, dancemos,
Amadas, Mortos, Amigos,
Dancemos todos até
Não mais saber-se o motivo...
Até que as paineiras tenham
Por sobre os muros florido!
Jornalista, tradutor e escritor, Mário Quintana(1906 – 1994) nasceu na cidade de Alegrete (1906), no Rio Grande do Sul.
“Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a Sir Isaac Newton!”.
Após frequentar algumas escolas em sua cidade natal, é matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre(1919), onde começou a produzir seus primeiros trabalhos na revista Hyloea, editada pelos próprios estudantes. Em 1924, deixa o referido colégio e emprega-se na Livraria do Globo (editora de renome nacional), onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi.
O talento para a literatura se manifestou cedo. Aos 20 anos, venceu um concurso promovido pelo jornal gaúcho “Diário de Notícias" com o conto “A Sétima Personagem”.
Em 1929 ingressou no jornal O Estado do Rio Grande. Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro. Retornou, em 1936, para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de Érico Veríssimo. Traduziu Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, Balzac, Gram Greene, Conrad, dentre outros. Com certeza, foi um dos responsáveis pelo acesso do povo brasileiro às obras da literatura internacional.
Seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, que reúne sonetos de influência parnasiana, é publicado em 1940 ( coletânea que passou a ser inserida em diversos livros escolares). Entre suas principais obras, estão Aprendiz de feiticeiro (1950), Antologia poética (1966), Caderno H (1973) e A vaca e o hipogrifo (1977). Dentre os livros que escreveu para crianças, destacam-se Pé de Pilão (1966), Lili inventa o mundo (1983) e Nariz de vidro (1984).
A poesia de Quintana é marcada pelo lirismo, pelo bom humor e pela crítica voltada à massificação característica das sociedades contemporâneas. Focalizando temas aparentemente simples (como o amor, a vida, a morte, a velhice e a religiosidade) seus poemas incorporam a fantasia e o universo da infância.
Cruza o sonho que tu sonhas.
Na cidade adormecida
Primavera vem chegando.
Catavento enloqueceu,
Ficou girando, girando.
Em torno do catavento
Dancemos todos em bando.
Dancemos todos, dancemos,
Amadas, Mortos, Amigos,
Dancemos todos até
Não mais saber-se o motivo...
Até que as paineiras tenham
Por sobre os muros florido!
Jornalista, tradutor e escritor, Mário Quintana(1906 – 1994) nasceu na cidade de Alegrete (1906), no Rio Grande do Sul.
“Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a Sir Isaac Newton!”.
Após frequentar algumas escolas em sua cidade natal, é matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre(1919), onde começou a produzir seus primeiros trabalhos na revista Hyloea, editada pelos próprios estudantes. Em 1924, deixa o referido colégio e emprega-se na Livraria do Globo (editora de renome nacional), onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi.
O talento para a literatura se manifestou cedo. Aos 20 anos, venceu um concurso promovido pelo jornal gaúcho “Diário de Notícias" com o conto “A Sétima Personagem”.
Em 1929 ingressou no jornal O Estado do Rio Grande. Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro. Retornou, em 1936, para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de Érico Veríssimo. Traduziu Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, Balzac, Gram Greene, Conrad, dentre outros. Com certeza, foi um dos responsáveis pelo acesso do povo brasileiro às obras da literatura internacional.
Seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, que reúne sonetos de influência parnasiana, é publicado em 1940 ( coletânea que passou a ser inserida em diversos livros escolares). Entre suas principais obras, estão Aprendiz de feiticeiro (1950), Antologia poética (1966), Caderno H (1973) e A vaca e o hipogrifo (1977). Dentre os livros que escreveu para crianças, destacam-se Pé de Pilão (1966), Lili inventa o mundo (1983) e Nariz de vidro (1984).
A poesia de Quintana é marcada pelo lirismo, pelo bom humor e pela crítica voltada à massificação característica das sociedades contemporâneas. Focalizando temas aparentemente simples (como o amor, a vida, a morte, a velhice e a religiosidade) seus poemas incorporam a fantasia e o universo da infância.
ZUMBI
300 Anos
Grupo Bom Gosto
Se Zumbi
Guerreiro-guardião
Da Senzala Brasil
Pedisse a coroação
E por direito o cetro do quilombo
Que deixou por aqui
Nossa bandeira era
Ordem, progresso e perdão
É Zumbi
Babá dessa nação
Orixá nacional
Orfeu da Casa Real
Do carnaval do negro
Quilombola da escola daqui
O mestre-sala de Zambi
Na libertação
Parece que eu sou
Zumbi dos Palmares quando sambo
O príncipe herdeiro
Dos quilombos do Brasil
Sou eu, sou eu, Soweto
Livre, Mandela é Zumbi
Que se revive
Exemplo pro céu
De outros países como o meu
Sou eu orgulho de Zumbi
Que vem de Angola e de Luanda
Salve essa nação de Aruanda
Salve a mesa posta de umbanda
Salve esse Brasil-Zumbi
Guerreiro-guardião
Da Senzala Brasil
Pedisse a coroação
E por direito o cetro do quilombo
Que deixou por aqui
Nossa bandeira era
Ordem, progresso e perdão
É Zumbi
Babá dessa nação
Orixá nacional
Orfeu da Casa Real
Do carnaval do negro
Quilombola da escola daqui
O mestre-sala de Zambi
Na libertação
Parece que eu sou
Zumbi dos Palmares quando sambo
O príncipe herdeiro
Dos quilombos do Brasil
Sou eu, sou eu, Soweto
Livre, Mandela é Zumbi
Que se revive
Exemplo pro céu
De outros países como o meu
Sou eu orgulho de Zumbi
Que vem de Angola e de Luanda
Salve essa nação de Aruanda
Salve a mesa posta de umbanda
Salve esse Brasil-Zumbi
DESFILE AFRO
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